Alessandro Moreira, piscicultor há 22 anos, está expondo seus produtos na ‘ Feira do Peixe Vivo’ na fazendinha do AgroinovaTec (Simpósio Permanente de Tecnologias Inovadoras para a Agricultura), na Expo Japão 2019. Proprietário da empresa londrinense Nutri Mais pescados, Moreira explica os desafios da criação de peixes na região.
Sua criação é feita em açudes (tanques escavados) e é voltada apenas para consumo. De acordo com o piscicultor, o fator principal com que se deve ter muito cuidado para a boa qualidade do peixe é o tratamento da água. “É preciso se atentar à quantidade de ração que se coloca na água, à frequência da troca da água do tanque e é muito importante sempre observar a transparência. O ideal é que a água esteja com uma transparência de 30cm’’.
“Todo o processo de tratamento da água influencia no sabor do peixe. Quando você come o peixe e ele está com gosto de barro, na verdade não é barro, é uma alga, chamada cianofícea, que acaba crescendo no ambiente em que o peixe fica e ele acaba filtrando o sabor dessa água. Por isso é necessário o processo de depuração, para eliminar os resíduos da carne”, explica Moreira sobre a influência da água no sabor da carne do peixe.
Ele conta também que uma das vantagens da criação de peixes é a produção durante o ano todo. “O piscicultor deve analisar qual peixe mais se adequa à região em que ele vai criar. Na nossa região, por exemplo, a produção é frequente principalmente de tilápia, mas eu também crio carpa, pacu, pintado, entre outros peixes de águas mais quentes”.
Texto e foto: Julia Cristina
Acadêmica de Jornalismo – Unopar
Projeto de Extensão Agência de Comunicação Integrada